segunda-feira, 26 de abril de 2010

Play


Uma peça ruizinha pra caramba. Os atores não estão bem, ou será que não são bons? Exceto a Maria Maya. Esta muito bem, num "time" preciso. Não gostei do texto e achei muito apelativo, uma tentativa de fazer rir que não soou espontanea. Do cenário transmutante, ágil e simples eu gostei. A cada tomada de cena uma construção nova. O quarto que não se vê, mas está muito presente, pelo transbordamento do apelo sexual, é um bom insight. Imagino que todos os expectadores ficaram imaginando como seria.


Uma coisa legal são os depoimentos projetados como pano de fundo, bem construídos, instam as pessoas a falar de suas intimidades, o que acaba sendo um pretexto para uma reflexão sobre a vida íntima dos seres sociais que somos.

O melhor da noite foram as companhias, o ambiente universitário, e o depois, a esticada para comer (comida) à beira mar, num restaurante lindo, com uma comida saborosíssima e uma brisa gostosa a nos envolver.

E era domingo, o meu melhor dia da semana.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Passando pela Bienal...



Dei uma passada rápida pela Bienal Internacional do Livro. Trata-se da 9ª. Um nome pomposo para uma apresentação muito descuidada, livros caros, promoções somente de produtos populares ou pouco interessantes. São livros e mais livros dispostos como num mercado, sem nenhum requinte de organização, do que se deduz o pouco valor dado a eles pelos livreiros e/ou organizadores da mesma. Este ano a homenageada é a nossa Raquel de Queiroz e seus cem anos de glória. A primeira mulher a adentrar a Academia Brasileira de Letras não tem merecido muito cuidado por aqui. Sua estátua fica exposta numa praça, que, não obstante ao lado da Secretaria de Cultura, é um antro de desocupados, muito suja e mal cheirosa. Ainda bem que o que se escreve permanece.