quarta-feira, 28 de julho de 2010

Não aguento mais...

Não aguento mais tanta violência. Viver, sentir, comer, dormir, amar, rezar, nunca mais foram atos normais.
Não aguento mais a mídia, que busca escândalo a qualquer preço em busca de primazia de audiência.
Por conta disto, vários casos ficam insolúveis e as pessoas sequer se indignam, desde que não seja com elas.
É lamentável,que casos como o de Elisa Samúdio tenham sido conduzidos de forma tão desastrada, a ponto de botar a perder todas as convicções.
É lamentável que advogados, em nome da grana, ajam como verdadeiros cúmplices dos assassinatos em voga, criando situações e ramificações espúreas, para colocar em liberdade seres desprezíveis, em detrimento de uma punição exemplar, que seria o lógico.
É lamentável que assim, se alimente a violência em todos os graus.
Há alguns anos atrás, vivenciei um assassinato em família, cujo desfecho foi direcionado, como o da Elisa Samudio, para que nunca se achasse o corpo e a arma do crime.
Registrei o desaparecimento. A polícia orientou a esperar as 48 horas, para só então tomar alguma atitude. Não obedeci e fiz o papel de detetive e consegui pegar um dos assassinos, que levou ao cúmplice, ao corpo e à arma do crime, dentro de 24 horas, suficientes para a prisão em flagrante.
Se eu não tivese feito o papel da polícia, nada teria sido esclarecido. O que foi importante: o elemento surpresa dos assassinos, que não pensaram que seriam cassados antes das 48 horas, e a consequente prisão em flagrante com confissão integral, aproveitando essa fragilidade dos mesmos.
É fácil, muito fácil saber, o que está errado, não é mesmo?

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