sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010



Ápice
ceci agapinheiro


Um céu azul rajado de brancas nuvens
que se expandem como o universo
dando idéia de não terem fim
no meio uma lua grávida de vida
crescente...

Eu, mulher criança rajada de cinza
de pernas enraizantes e mãos deslizantes
que dão idéia da infinitude
dos desejos que me são inoculados
num crescente...

A tarde passa mansamente
aos últimos reflexos do sol
transmutante...
Vira noite devagarinho
enquanto a lua passeia
brilhante...

Seus cabelhos espalhados
sobre o travesseiro refletem
o brilho da vida que passa
e nunca se acaba
embora se morra de amor
em todos os átomos de tempo

Eu, mulher criança já morri.

Fortaleza, 26 de fevereiro de 2010.

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