sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Um Dia


Acabei de ler Um Dia, de David Nicholls. Trata-se de um best-seller, mas não de um livrinho água com açúcar qualquer. Bem construído e jovial, trata da realidade de todos nós, jovens, ou que já fomos jovens, de planos para o futuro, de amores não vividos, de amores realizados, de tempo perdido, de fracassos e de vitórias,  de reconstrução, de relações familiares, mas sobretudo do turbilhão de indecisões que nos comandam quando somos jovens e nos sentimos eternos e inatingíveis pelas tristezas, problemas ou desgraças à nossa volta. Dos nossos erros e das consequências na nossa vida. Coisas inevitáveis, por sermos seres únicos e em construção, cada um à sua maneira.

Depois da leitura, senti o mesmo turbilhão de quando era jovem e nada sabia da vida. Fiquei em estado meditativo e refleti bastante sobre os rumos da minha vida, quantos desejos não realizei, quantos amores não vivi, quantos amigos não permaneceram, quantos tudo sonhei, quantos tudo realizei, quantos tudo fracassei, quantos tudo venci. Enfim, valeu como um alerta sobre a temporalidade da vida e sobre o quanto não devemos perder tempo com aborrecimentos e tristezas, sentimentos de impotência, ou negação da nossa personalidade física ou mental ou espiritual.

Dedico essa leitura àqueles que foram importantes na minha vida, àqueles que ainda são importantes, àqueles que não são ou não foram importantes, mas que  serviram para me fazer ver o lado certo que eu queria, ou me fizeram desviar a rota para chegar ao sucesso, àqueles que nem sabem quanto foram e são amados, àqueles amigos e amigas que guardo na lembrança mas não consigo reencontrar, pois tomaram rumos desconhecidos para mim.

Enfim dedico essa leitura a mim mesmo, que continuo aquela jovem incorrigível, errando e acertando, caindo e levantando, mas no final das contas podendo dizer: --Eu vivo intensamente todos os dias da minha vida. Eu amo. Eu choro. Eu rio. Eu abraço. Eu olho à minha volta. Eu olho pra dentro de mim.

Eu continuo fazendo os meus rastros.

2 comentários:

  1. Oi minha querida Ceci, fiquei com muita vontade de ler (e vou) esse livro. Suas palavras convenceram, e mais do que isso, o parágrafo final me leva a pedir permissão para formatá-lo e colocar no meu álbum Frases que eu Amo, no Facebook... Muito bem construído, como todos os seus poemas, transmitindo fielmente os sentimentos que o seu coração enviou... Beijos, querida, eu não estava conseguindo comentar, dava página não existente.

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  2. Oi Soninha: Obrigada pelo seu comentário. Pode fazer o que vc. quiser com a frase que vc. gostou, pois sei será de muito bom gosto como tudo o que vc. faz. Eu também não estou conseguindo responder ao comentário. É que o blogger não está mais dando suporte ao IE e eu não quero mudar pelo menos por enquanto. Acho que vou mudar para o Word Press... Beijos, querida.

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