sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

2010 começou

Primeiro dia do ano 2010. Saí. munida de máquina fotográfica, na expectativa de reencontrar amigos e passar momentos agradáveis. A praia estava absurdamente lotada, não conseguimos encontrar uns amigos dos meus amigos, de Teresina. De longe avistamos uma mesa vaga na beira da praia, local privigeliado com a sombrinha fechada. Corremos pra lá, fomos logo avisados pelo vizinho de mesa, que não tinha garçom atendendo aquela mesa, por que somente vieram três garçons para trabalhar. Mas teríamos água de coco à vontade, mediante compra direta ao ambulante vendedor de coco. Fazer o que? Sentamos, para conseguir um pouquinho de sombra, pois o sol estva inclemente, apesar de o dia estar nublado. Entre goles de água de coco e picolès, a conversa sobre a noite da passagem de Ano Novo. Meus amigos foram pra praia, com esperanças de passarem uma noite agradável. Sofreram muitos empurrões, isso sim. Perderam-se uns dos outros. Os salgadinhos ficaram com uns, o champanhe com outros. Não viram nada do show, somente ouviram. Voltaram pra casa decepcionados e afirmando que nunca mais passariam um reveillon ali. De repente policiais armados, revistando uns rapazes, socos pra lá, palavras de ordem pra cá. E nós morrendo de medo de bala perdida, mas não conseguimos arredar pé, paralizados que ficamos. Nessa altura a conversa girou sobre a violência generalizada que nos cerca e sobre a nossa impotência para resolver a nossa vida e a nossa necessidade de paz. Não tive coragem de tirar uma foto sequer. Estávamos com fome e fomos embora para tentar saciar a nossa fome de comida e a nossa fome de paz.
A praia? Linda e calorosa ficou pra trás... Pelo menos tomamos um banho salgado, o primeiro do ano para limpar os maus fluidos. Espero que sim..
Depois em casa, ligo a televisão: chuva, deslizamentos, mortes, tragédia. E ainda tem os mil e um acontecimentos violentos que não chegaram até mim.
Só me resta elevar os olhos aos céus e pedir a Deus que tome conta de mim e da minha vida.

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